Americana Mars anuncia investimentos em cacau sustentável

 

A empresa americana Mars, uma das maiores fabricantes de chocolate do mundo, anunciou ontem seus investimentos em iniciativas que promovam a sustentabilidade da cadeia produtiva do cacau. A perspectiva é que nos próximos anos a companhia faça aportes de US$ 30 milhões anuais, o mesmo montante de 2011. Mesmo sem mencionar o valor, o Brasil também será beneficiado com parte dos recursos.

 

Desde 2009, foram investidos cerca de US$ 70 milhões em pesquisa, transferência de tecnologia para produtores e apoio a comunidades cacaueiras no mundo. No Brasil, a atuação da companhia é por meio do Centro Mars de Ciência do Cacau, no sul da Bahia, a maior região produtora da amêndoa do país.

O centro estuda todo o processo produtivo, desde o desenvolvimento de melhores práticas de cultivo até a criação de métodos que ajudarão no controle de pestes e doenças, além da melhoria da qualidade e do sabor das amêndoas de cacau. A companhia também apoia na Bahia o projeto Barro Preto, que associa o cultivo à preservação ambiental.

Na Costa do Marfim, o maior produtor mundial, a Mars está implantando centros de desenvolvimento de cacau, que fornecerão aos produtores materiais para plantio e tecnologia para as propriedades. Até 2020, a intenção é construir no país africano 75 centros que devem abranger 150 mil produtores.

Além das iniciativas em países produtores, em 2010, a Mars em conjunto com a IBM e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mapearam o genoma do cacau, em busca de um fruto de melhor qualidade e resistência a doenças.

No início deste ano, a empresa anunciou ter atingido a meta para 2011 de adquirir 10% de seu suprimento total de cacau com certificação sustentável. E em 2012, deve ultrapassar o objetivo original de 20%, tornando-se a maior usuária de cacau certificado no mundo, o que deve representar quase 90 mil toneladas do produto este ano. O plano da Mars é chegar em 2020 com 100% de seu suprimento de amêndoa com origem sustentável certificada.

“Acreditamos que a melhor abordagem à sustentabilidade do cacau é formar parcerias com a indústria, os governos, as entidades certificadoras e as ONGs para o bem comum”, disse Barry Parkin, responsável pela área de Suprimentos e Sustentabilidade da Mars Global Chocolate. (Matéria originalmente publicada no Jornal da Mídia)